José Mourinho: o 'Special One' está de volta

1 Taça UEFA. 2 UEFA Champions League. 1 Liga Europa. 1 UEFA Conference League. José Mourinho após deixar para trás o Bayer Leverkusen, do seu amigo Xabi Alonso, apurou-se para a final da Liga Europa e parte agora em busca da sexta conquista europeia do seu palmarés individual.

E no jogo de ontem, assim que o árbitro apitou para o final da partida com o emblema dos 'farmacêuticos', era notória a cara de felicidade de Mourinho por mais uma presença numa final europeia. Para quem já arrebatou duas 'Champions', com FC Porto e Inter de Milão, conseguir participar numa epopeia futebolística com este plantel da AS Roma, depois da conquista da Conference League na época passada, é um feito extraordinário. E que acentua em José Mourinho, mais uma vez, o epíteto de melhor treinador português de todos os tempos. Teve períodos na sua carreira em que não lhe correram as coisas bem? Claro que teve, até porque treinar um Real Madrid recheado de 'galáticos' (Casillas, Sergio Ramos, CR7, Benzema ou Özil) não é fácil, assim como era fácil fazer algo no Tottenham Hotspur, um clube onde a direção se intromete de forma constante no trabalho dos treinadores.

Outro aspeto bem vincado em Mourinho, e isso ninguém pode negar, é capacidade de liderança que voltou a mostrar neste plantel da AS Roma desde a época passada. Jogadores como Dybala, Mancini, Pellistri, Smalling, Abraham ou Ibañez, por exemplo, 'comem a relva' em cada jogo e dão tudo pelo seu treinador se for preciso, vão atrás de cada palavra sua. Foi assim no FC Porto, foi assim na sua primeira passagem pelo Chelsea (todos nos lembramos da cumplicidade de 'Mou' com jogadores como Drogba, Terry, Lampard, Joe Cole ou Robben), foi assim no Inter de Milão (quem não se lembra de ver o duro Marco Materazzi a chorar abraçado a Mourinho quando o português saiu de Milão).

Em suma, José Mourinho encontrou em Roma e no plantel romano, a equipa ideal para voltar a ser o treinador especial que fora nos tempos. Pode-se gostar mais ou menos do estilo de jogo da equipa romana, que muitos acusam de ser muito defensivo, mas para história fica uma Conference League no museu do emblema giallorossi e poderá muito em breve ter a companhia do troféu da Liga Europa, caso os comandados de Mourinho ultrapassem o Sevilla na final de Budapeste. É caso para dizer que o 'Special One' está de volta.

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