O 'Mestre das Subidas' regressou à Mata Real e subiu novamente o Paços de Ferreira

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Corria a época de 1990/1991 quando o Paços de Ferreira, então na 2ª Liga Portuguesa, contratou um jovem treinador português, de 37 anos de idade, de seu nome Vítor Oliveira, que tinha tido até esse momento um início de carreira no Famalicão, Portimonense e no Maia, para fazer subir um Paços de Ferreira, onde militavam jogadores como Adalberto, José Mota (que viria anos mais tarde a ser treinador do emblema pacense), Yulian Spassov, Radoslav Zdravkov, Kasakov ou Agostinho Pinto. 28 anos depois, o Paços de Ferreira, novamente na 2ª Liga depois de várias épocas consecutivas a permanecer no escalão máximo do futebol português, voltou a contratar aquele que foi o responsável pela primeira subido do emblema da Mata Real à 1ª Liga Portuguesa: Vítor Oliveira. E com um plantel super talentoso para a 2ª Liga, como nomes como Rafael Barbosa, André Leão, Mohamed Diaby, Luiz Phellype (que acabou por dar o salto para o Sporting), Douglas Tanque ou Elves Baldé, conseguiu subir, novamente e sem surpresa, o emblema pacense e sagrar-se campeão da Ledman LigaPro.    

E para conseguir esse feito, Vítor Oliveira montou um onze-base no Paços de Ferreira com a melhor matéria-prima que tinha, e que já foi mencionada anteriormente neste texto, e com alguma rotatividade nesse onze-base conseguiu repetir a subida de 1991 com o emblema amarelo. Na baliza, o Paços de Ferreira contou com Ricardo Ribeiro entre os postes, apesar de ter Marco Ribeiro e Carlos Henriques a fazer-lhe concorrência, mas o ex-guarda-redes do Moreirense nunca se deixou abalar pela concorrência. À frente de Ricardo Ribeiro, o quarteto defensivo desse onze-base de Vítor Oliveira era constituído por Bruno Teles no lado esquerdo e Bruno Santos no lado direito, sendo que a dupla de defesas-centrais era formada por Rui Correia e Junior Pius.  

Logo de seguida, na zona do meio-campo, o Paços de Ferreira apresentava um tridente nessa zona intermediária do terreno de jogo, onde o jovem Mohamed Diaby, de 22 anos de idade, era o médio-defensivo que teria como missão travar os ataques contrários e à sua frente o veterano Luiz Carlos desempenhava a função de médio box-to-box, juntando-se a Diaby num 4x2x3x1, quando a equipa defendia, enquanto que Pedrinho, jogador que havia passado pelo rival Freamunde, era o médio-ofensivo que se aproximava mais da grande área adversária. Outros jogadores como André Leão, Rafael Barbosa ou Christian, por exemplo, acabaram por servir de elementos fundamentais para promover uma rotatividade nesta zona nevrálgica do terreno de jogo.

Por fim, para a zona mais ofensiva, Vítor Oliveira apostou para o seu Paços de Ferreira num tridente atacante com alguma força física e velocidade, de forma a poder explorar o jogo em profundidade. Com Wagner no flanco esquerdo e Sodiq Fatai, que na época passada esteve emprestado ao SC Covilhã, no flanco direito, o Paços de Ferreira ganhava muitos metros ao nível da profundidade do seu jogo ofensivo e era duas setas apontadas à baliza contrárias e com o objectivo também de assistir o brasileiro Douglas Tanque, contratado no Verão aos tailandeses do Police United e que marcou 14 golos em 32 jogos pelo emblema pacense. Ainda assim, Vítor Oliveira tinha mais armas ofensivas para dar mais rotatividade ao seu ataque como, por exemplo, Elves Baldé, emprestado pelo Sporting, Nathan Júnior, Uilton Silva ou Barnes Osei. 

Em suma, Vítor Oliveira, ou o Mestre das Subidas como é carinhosamente tratado, regressou a Paços de Ferreira e, com um plantel com grande qualidade para uma 2ª Liga, fez com que o emblema da Mata Real voltasse ao convívio com os grandes na próxima época na Liga NOS. Ao atingir a marcar de 11 subidas conseguidas, Vítor Oliveira acentuou ainda mais a sua passagem histórica pelo futebol português e será sempre lembrado pelo homem que levou duas vezes o Paços de Ferreira à 1ª Liga. Caberá agora, na próxima época, a Filipe Rocha, ou Filó como é conhecido, dar continuidade ao trabalho desenvolvido por Vítor Oliveira, mas agora no escalão máximo do futebol português.

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